NÃO HÁ SEPARATIVIDADE
Evidentemente, sabeis que não há separatividade nem competição entre
os espíritos benfeitores, responsáveis pela espiritualização da
humanidade. As dissensões sectaristas, críticas comuns entre adeptos
espiritualistas, discussões estéreis e os conflitos religiosos, são
frutos da ignorância, inquietude e instabilidade espiritual entre os
encarnados. Os Mentores Espirituais não se preocupam com a ascendência
do Protestantismo sobre o Catolicismo, do Espiritismo sobre a Umbanda,
dos Teosofistas sobre os Espíritas, mas lhes interessa desenvolver nos
homens o Amor que salva e o Bem que edifica!
OS HOMENS DEVEM RESPEITAR A PREFERÊNCIA ALHEIA
Todas as coisas são exercidas e conhecidas no tempo certo do grau de
maturidade espiritual de cada ser. Em consequência, ser católico,
espírita, protestante, umbandista, teosofista, muçulmano, budista,
hinduísta, esoterista, ateu não passa de uma experiência transitória
em determinada época do curso ascensional do espírito eterno! As
polêmicas, os conflitos religiosos e doutrinários do mundo não passam
de verdadeira ilusão. É tão desairoso para o católico combater o
protestante, ou o espírita combater o umbandista, como em sentido
inverso, pois os homens devem respeitar-se mutuamente na preferência
alheia, segundo o seu grau de entendimento espiritual.
SECTARISMO É UM RESÍDUO DO PRIMITIVISMO
O sectarismo religioso, como todo sectarismo, não é mais que um
resíduo das fases primitivas da evolução humana. À proporção, porém,
em que a humanidade evoluí, o espírito humano se larga, superando
barreiras e destruindo fronteiras. O homem se universaliza. Sua mente
se abre a uma compreensão mais ampla do mundo. Para o sectarista, só
os da sua seita prestam, só eles estão certos e merecem proteção de
Deus.
O ESPIRITISMO É UNIVERSALISTA
O Espiritismo é doutrina universalista porque o principal motivo de
sua atuação e existência são os acontecimentos e problemas derivados
do Espírito, isto é, da entidade universal. O Espiritismo é
universalista, mas não lhe cabe a culpa se alguns espíritas desmentem
essa salutar conceituação e desperdiçam seu precioso tempo no
julgamento e agressividade mental aos demais trabalhadores da
espiritualidade. O Espiritismo não se proclama o único meio de
salvação humana, nem se diz o detentor exclusivo da verdade. Do ponto
de vista espírita, todas as religiões são formas de interpretação da
suprema verdade, e todas conduzem o homem a Deus, quando praticadas
com sinceridade. O que importa, como dizia Kardec, não é a forma, mas
o espírito. De uma vez por todas, os espíritas precisam libertar-se
dos resíduos sectaristas.
O AMOR É A MAIOR VERDADE
Em outras palavras, é completamente inútil o combate que movemos
contra as idéias que não admitimos. A verdade é uma só e, um dia,
raiará para todos, como o Sol que aquece e ilumina todos os quadrantes
do Planeta. O que o Cristo espera de seus tutelados é a união de
propósitos em torno do bem, é o trabalho incessante em favor de nossa
iluminação individual, é a promoção intelectual, moral e espiritual de
nossos irmãos em humanidade. Somente praticando a fraternidade e a
tolerância poderemos ajudar a construção do mundo sem barreiras que
será o Reino de Deus na Terra. Recordemos do que nos disse o apóstolo
Paulo: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não
tiver amor nada serei; Ainda que eu tenha o dom de profetizar e
conheça todos os mistérios e toda a ciência, se eu não tiver amor nada
serei; Ainda que tenha tamanha fé, a ponto de transportar montanhas,
se não tiver amor, nada serei e nada disso se
aproveitará”.
ORIGEM DO MEDIUNISMO
A Africa foi colonizada em parte pela India e pelo Egito, que desde a
antiguidade praticavam o mediunismo. Portanto o Afro-mediunismo tem
suas origens no antigo Egito e na India. O Afro-mediunismo foi
trazidos para o Brasil através dos escravos a partir do ano de 1600. O
Espiritismo surgiu na França em 1857 e veio para o Brasil próximo ao
ano de 1900. Portanto a origem da Umbanda e do Candomblé nada tem de
haver com o Espiritismo.
ORIGEM DA UMBANDA
A Umbanda, é um movimento de natureza religiosa e mediúnica, que
alguns tentam atribuir-lhes sua origem a fontes iniciaticas do Egito,
da cadéia ou da Índia. O certo é que a doutrina de Umbanda, atualmente
praticada no Brasil, deriva fundamentalmente do culto religioso com
raízes exclusivamente africanas, que fundiu suas crenças
supersticiosas e intercâmbio com os antepassados, na mistura do culto
católico, de ritos e práticas ocultas dos ameríndios. Ademais, esse
sincretismo religioso ainda influenciou-se fortemente pelo
Espiritismo, adotando-lhe algumas práticas, preces e postulados.
ESPIRITISMO NÃO ADOTA NEM CONDENA AS PRÁTICAS EXTERIORES
O Espiritismo não adota em seu seio o uso de símbolos, ritos,
hierarquias religiosas, práticas feitichistas, adorações, cantos
folcloricos, porque a sua composição doutrinária cuida
precipitualmente de libertar o Espírito de formas transitórias do
mundo. O Espiritismo, como sistema ou doutrina dos Espíritos, firma os
seus postulados nas bases principais transmitidas do Além, enquanto a
Umbanda, na atualidade, ainda é sincretismo religioso, ritos e
costumes religiosos de diversas raças e povos. Mas não se pode
censurar o uso de tais apetrechos, cerimônias e costumes primitivos na
Umbanda porque trata-se de movimento espiritualista com práticas e
princípios diferentes da codificação Espírita Kardecista.
RELIGIOSOS VINCULADOS ÀS PRÁTICAS EXTERIORES ACOMODAM-SE MELHOR NA
UMBANDA
Não pretendemos fazer distinções de qualidade espiritual ou
doutrinária entre Espiritismo e a Umbanda; porém assinalamos que os
crentes de outras religiões acomodam-se mais facilmente nos terreiros,
porque ali encontram um sucedâneo para expressar a sua emotividade
religiosa. Os religiosos ainda vinculados à adoração de imagens, a
rituais, cânticos, incenso, ladainhas, promessas, velas, santos e
outros aparatos do culto exterior, encontram na Umbanda um clima algo
familiar, que os acostumam no intercâmbio com os espíritos
desencarnados, não sendo difícil mais tarde, a sua adesão fácil aos
postulados do Espiritismo codificado por Allan Kardec. Aprendem, com
os pretos-velhos e caboclos, a realidade da doutrina da Reencarnação e
da Lei do Carma, que não aprendiam antes nas igrejas e templos
religiosos.
FAMILIARIZA-SE COM OS CONCEITOS SEM DAR UM SALTO BRUSCO
Embora o Espiritismo ofereça compensações elevadas no campo da
espiritualidade mais pura, é sempre mais difícil a este tipo de
religioso abandonar sua igreja com suas imagens, luzes, flores e
cânticos. É um salto muito brusco para este tipo de religioso, seria
deixar de modo muito súbito tudo que lhe é tão familiar e simpático.
Durante o estágio da Umbanda ele familiariza-se com a técnica das
comunicações, aprende as sutilezas do mundo invisível e confia na
proteção dos "caboclos" ou "pretos-velhos", entre santos e rituais que
lhe são simpáticos.
ESPIRITISMO E UMBANDA SÃO MUITO DIFERENTES
Não é conveniente confundir ambos os gêneros de trabalho e função do
Espiritismo e da Umbanda. O Espiritismo abrange o conjunto de
criaturas que já se mostram em condições de ativar o seu progresso
espiritual independentemente das formas do mundo; Não tem rituais e
nem se preocupa com exterioridades e problemas de ordem exclusivamente
material. A Umbanda, no entanto, é mensagem endereçada aos homens que
ainda requerem o ponto de apoio no rito, das imagens, dos símbolos e
do fenômeno mediúnico, para focalizar a sua emotividade religiosa. Mas
não importa se o indivíduo é espiritista ou umbandista, porém,
interessa a sua conduta e o seu procedimento junto à humanidade!
Ninguém vale pela sua crença, mas sim pelas suas obras.
UMBANDA É MEDIUNISMO, MAS NÃO É ESPIRITISMO!
É doutrina que admite a Lei da Reencarnação e o processo de Causa e
Efeito do Carma, merecendo também os mais sinceros louvores pelas
curas dos enfermos e obsidiados. Juntamente com as falanges de
Espíritos primários ou pagãos, também operam na Umbanda Espíritos de
elevada estirpe espiritual, confundidos entre pretos velhos, caboclos,
índios ou negros, originários de várias tribos africanas. Os mentores
de Umbanda, no momento, preocupam-se em eliminar as práticas
obsoletas, dispersivas e até censuráveis, que ainda exercem os
umbandistas alheios aos fundamentos e objetivo espiritual da doutrina.
UMBANDA ATUA NO ASTRAL MAIS DENSO
Os trabalhos mediúnicos de Umbanda ajudam a atenuar as violências das
entidades cruéis e vingativas que se aglomeram sobre a crosta
terráquea. As equipes de caboclos, índios e pretos velhos
experimentados constituem-se na corajosa defensiva, segregando as
entidades demasiadamente perversa quem não sabem viver entre as outras
criaturas. O Espiritismo, como a Umbanda, apesar do seu labor
mediúnico diferente, ambos cumprem determinações do Alto e tendem para
o mesmo objetivo em comum. Enquanto a Umbanda aperfeiçoa a prática
mediúnica no campo da fenomenologia mais densa do astral inferior; O
Espiritismo doutrina os homens para a sua libertação definitiva das
formas do mundo transitório da carne! Malgrado a aparência de ambos se
contradizerem, a Umbanda ajusta o vaso e o Espiritismo asseia o
líquido; a Umbanda aprimora a lâmpada e o Espiritismo apura a chama!
Instituto Caminhos do Oriente
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